terça-feira

Auto-estima


Há algum tempo, a auto-estima tem sido um conteúdo considerado fundamental para a auto-imagem positiva, para o equilíbrio emocional, mental, sentimental e também essencial para a auto-cura em seu amplo aspecto.

Para isto é necessário, contudo, compreender o que significa verdadeiramente “auto-estima” e como conseguimos praticá-la em nosso dia-a-dia, principalmente quando estamos envolvidos em situações profundamente conflitantes, tanto em relação a nós mesmos quanto em relação a outras pessoas ou situações externas.

A “estima” deriva do amor, do carinho, do bem-querer e, naturalmente, impulsiona ao cuidado, à nutrição, ao guardar, ao proteger esta estima, este amor, necessitando, portanto, acontecer de dentro para fora. Desta forma, auto-estima é o amor que manifestamos a nós mesmos e que necessita ser guardado, nutrido, protegido, amado por “nós mesmos” em relação a “nós mesmos”.

Por que não direcionar esta grande capacidade amorosa e nutridora para dentro e para fora de si? Penso que a dificuldade se encontra na falta de intimidade conosco mesmo, principalmente no sentido de reconhecer que a pessoa mais próxima a nós é: “nós mesmos”! Acostumados a olhar somente para fora, é necessário que se construa o caminho para que também possamos olhar para dentro de nós e, nos preparar para encontrarmos um ser carente e muito saudoso de nós mesmos.

Para que isto não seja uma triste realidade imutável é fundamental construir esta intimidade conosco mesmo, desenvolvendo a percepção interna e um amadurecimento sobre nossa auto-imagem, pois a auto-estima se encontra diretamente ligada à auto-imagem. Se nos achamos fisicamente bonitos, temos uma auto-imagem desta forma; se nos achamos inteligentes, temos uma auto-imagem desta forma; se nos achamos incompetentes, temos uma auto-imagem correspondente e, assim, vamos gestando uma auto-imagem afim com o que pensamos ou achamos que somos.

Um ponto muito importante que nos causa grandes transtornos e sofrimentos em relação a auto-estima é a não aceitação de nós mesmos, chegando a processos de auto-rejeição. Isto acontece mediante nossa forma de tratarmos a nós mesmos, pois muitas vezes somos pacientes, tolerantes e relevantes para com as dificuldades dos outros, porém nos manifestamos completamente ao contrário quando nos percebemos nesta situação.

Assim, a verdadeira auto-estima é construída passo a passo no dia-a-dia, não sendo, portanto, pronta nem perfeita. Acolher a si mesmo nos momentos de alegria é sempre mais fácil, porém, quando somos conscientes que devemos sempre nos acolher, sejam quais forem as situações que nos envolvam, construímos nossa verdadeira auto-estima, pois o acolhimento nos traz para o amor, para o cuidar, para o nutrir, para o guardar.

Dicas para a construção diária da verdadeira auto-estima
- Sustente todos os dias a prática da auto-aceitação para o reconhecimento de si mesmo.
- Ame-se como você é.
- Seja lúcido de suas limitações e as aceite como sendo partes de seu crescimento e amadurecimento interno.
- Construa uma existência fundamentada no reconhecimento de si mesmo e no ser verdadeiro consigo mesmo, com o outro e com o todo.
- Manifeste diariamente a verdadeira auto-estima para que haja sua continuidade.
- Lembre-se de que a verdadeira auto-estima começa na transformação interna de suas dificuldades consigo mesmo e que, portanto, somente você pode desenvolvê-la.
- A verdadeira auto-estima necessita do trabalho interno de sua construção que deve ser continua, pois do contrário irá fragmentar-se e não terá força de ancoragem, onde sua tendência é desaparecer e abrir o espaço para o desamor consigo mesmo.
- A verdadeira auto-estima é um trabalho de construção, não sendo, portanto, pronta e perfeita.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...