domingo

Veja 10 dos erros mais comuns que comprometem a beleza da pele


Não é fácil manter a disciplina diante do espelho com essa vida corrida que a gente leva. Passar protetor solar regularmente, inclusive na hora do almoço, aplicar aquele creme anti sinais religiosamente duas vezes por dia, dormir as oito horas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e não se render à tentação de espremer aquela espinha que há dias está incomodando, entre outras coisas, podem parecer tarefas fáceis, até básicas. Mas a realidade do cotidiano é outra. Muitas vezes nem “esse básico” conseguimos fazer, por diversos motivos: falta de tempo, preguiça, indisciplina, cansaço e até desinformação. A consequência é que, pouco a pouco, vamos nos expondo à falta de cuidados que, a longo prazo, pode ser determinante para termos ou não uma pele saudável e bem tratada, parecermos ou não mais jovens do que somos.


Muitas de nós até gostaria, mas não conseguem seguir à risca a cartilha dos bons hábitos de cuidados com a beleza no dia a dia. O roteiro é vasto e cheio de detalhes e quando vemos lá estamos nós, tomando um banho pelando para espantar o frio ou dormindo com maquiagem porque a preguiça de tirar o make (e passar um hidratante) nos venceu. A verdade é que tanto os grandes como os pequenos deslizes podem comprometer a beleza e a saúde da pele, principalmente quando se tornam hábitos. Para fugir dessa armadilha, confira a seguir os 10 erros mais comuns que cometemos e suas conseqüências, e fique de olho nas dicas dos dermatologistas para evitá-los.

Não retirar a maquiagem antes de dormir é um dos pecados cometidos contra a pele por muitas mulheres. Lave o rosto e, se a preguiça ameaçar vencer, use os práticos e rápidos lenços demaquilantes

1. Dormir sem tirar a maquiagem

Alguns tipos de maquiagem, como as que contêm óleos e silicones, podem obstruir os poros e provocar acne. Além disso, o hábito de dormir de maquiagem pode deixar a pele opaca, com aspecto cansado e poros mais dilatados. Para completar a lista de desastres, aumenta significativamente o risco de comedões (cravos). “A solução mais prática para os dias de preguiça são os lencinhos demaquilantes ou os demaquilantes 3 em 1, que limpam, tonificam e hidratam”, recomenda a dermatologista Fernanda Casagrande. “Outra opção útil são as espumas manipuladas para lavar o rosto, pois contêm ativos que removem muito bem a maquiagem. São práticas e fáceis de usar”, complementa a médica.

2. Espremer espinhas

Mirar no espelho o pontinho vermelho e colocar logo os dedinhos em ação é um verdadeiro castigo para a pele. Para driblar esse impulso, ou ao menos fazer a coisa certa, vai aqui uma dica da dermatologista Fernanda Casagrande, de Farroupilha (RS): “em casa mesmo, pode ser usada uma pequena agulha estéril, de tamanho 26G, comprada em farmácia, para fazer um furinho bem superficial e no meio da lesão. Assim, será mais fácil drenar e a pele não será tão agredida. Em seguida, basta aplicar um gel à base de peróxido de benzoila, ativo que ajuda a secar mais rapidamente”, resume a médica.

3. Não usar protetor solar regularmente

“O uso do protetor solar é o método mais eficaz de prevenir o envelhecimento da pele”, resume o dermatologista Jorge Mariz, diretor da Personal Clinic, do Rio de Janeiro. “Além de envelhecer, a exposição solar prolongada e inadequada pode causar câncer de pele”, complementa o médico. E entre esses dois problemas graves, um de estética e outro de saúde, a falta de protetor solar pode provocar estragos como perda de elasticidade (que também envelhece), manchas, ressecamento excessivo, queimaduras e descamação. Para prevenir esses problemas e deixá-los o mais longe o possível, é imprescindível usar diariamente o protetor solar, em todas as estações do ano, mesmo sem estar na praia ou piscina, e também nos dias nublados e com chuva. É necessário aplicar o produto cerca de 30 minutos antes de sair de casa e reaplicá-lo a cada duas horas (no verão) ou após transpiração intensa e exercícios físicos. Melhor ainda se o protetor, além de oferecer FPS (Fator de Proteção Solar), também somar propriedades hidratantes e antioxidantes, que previnem o ressecamento e o envelhecimento precoce da pele.


4. Não cumprir as 8 horas de sono recomendadas

O tempo necessário para o descanso varia de uma pessoa para outra, mas geralmente oito horas de sono é a média para regular o estresse da rotina diária, além de prevenir doenças crônicas. E com a pele não é diferente. "O sono é importante para restabelecer o pH e a hidratação da pele, que diante da falta de descanso se torna mais seca e sem brilho. Isso sem falar nas olheiras que ficam evidentes quando a pessoa dorme mal e pouco”, resume o dermatologista André Vieira Braz. A falta de sono deixa a região embaixo dos olhos ainda mais escura. “Mesmo quem não tem olheiras passa a ter depois de uma noite mal dormida”, destaca o médico, ressaltando que, no caso das olheiras, por ser um problema interno (vasodilatação dos vasos sanguíneos que irrigam o globo ocular) há pouco a fazer em se tratando de cosméticos. “Uma saída é tentar dormir bem na noite seguinte ou, pelo menos, uns 10 minutos no dia seguinte, o que pode fazer a diferença”, acredita André, que recomenda uma boa limpeza e hidratação da pele ao acordar, já que a hidratação natural feita pelo sono não vai ocorrer. Para amenizar as olheiras, no dia seguinte, vale fazer compressas de água gelada ou chá de camomila gelado no local – a baixa temperatura promove uma vasoconstricção (redução do calibre dos vasos sanguíneos) e ameniza o aspecto de cansaço.

5. Nunca esfoliar a pele ou fazê-lo em excesso

Esfoliação exige bom senso. Em exagero, retira a camada protetora da pele, que funciona como uma barreira física; se for muito amena, não faz efeito. “Mas na medida certa, a esfoliação promove uma melhora da textura, favorece que a derme absorva melhor os ativos dos hidratantes e ainda descongestiona os poros. A pele fica mais uniforme e estimulada para produzir células novas”, justifica o dermatologista Jorge Mariz, do Rio de Janeiro. O esfoliante facial ideal deve ser suave (os muito grossos agridem a pele), aplicado na pele limpa e úmida, e sempre retirado com água corrente. Para complementar, hidrate a cútis, para que não fique exposta, sem proteção. No corpo, o processo é o mesmo. Mãos, cotovelos, joelhos e calcanhares necessitam de uma esfoliação mais intensa. Já o colo e o pescoço exigem leveza, porque tendem a ficar irritados com facilidade. “Geralmente, as peles oleosas podem ser esfoliadas duas vezes por semana; já as secas e normais, apenas uma vez a cada sete dias. Caso haja qualquer reação, o ideal é reduzir a esfoliação para uma vez por mês”, aconselha Jorge.

6. Exagerar no botox ou em qualquer outro procedimento estético

O tratamento estético facial bem feito é aquele que fica bem natural – de maneira que ninguém perceba nada além de um rosto descansado e com viço. “Um bom ‘botox’ ou qualquer outro procedimento pode ser uma arma poderosa contra o envelhecimento, mas tem que ser discreto, só para amenizar a fisionomia cansada, e não para acabar completamente com as rugas”, afirma o dermatologista André Braz. Para garantir um bom resultado é preciso saber escolher o profissional e ter certeza de que os produtos utilizados por ele são de boa procedência. “O médico, para fazer um procedimento natural e correto, tem que compreender a real expectativa da paciente, isto é, tratar o que a incomoda de maneira consciente, desde que ele concorde com a queixa, claro. A minha premissa é repor o que foi perdido e não modificar o que se tem. Outro ponto importante é usar produtos e aparelhos de qualidade e seguros, aprovados pela ANVISA”, diz André, que dá uma última dica: “a melhor maneira de conhecer o bom procedimento e o bom médico é observando os resultados em alguém que já tenha se tratado com ele e avaliar a satisfação do paciente e o efeito visual do tratamento”.

7. Tomar banhos longos e com água muito quente

O frio, o vento e a baixa umidade do ar no inverno comprometem a hidratação natural do corpo. Para piorar, as células que produzem a gordura da pele diminuem sua atividade. Soma-se a isso o efeito devastador dos banhos prolongados e muito quentes, que ressecam ainda mais a derme, principalmente se forem com buchas. Resultado: pele extremamente seca. “A água quente retira o manto hidrolipídico da pele, que é a camada de gordura e água que protege a cútis. Como conseqüência, ocorre uma desidratação intensa. Por isso é tão importante tomar banho morno”, aconselha o dermatologista Jorge Mariz. Vale lembrar: pele seca é pele frágil e suscetível a rugas. Por isso, a recomendação é intensificar a hidratação. “Antes de escolher um hidratante, verifique no rótulo os princípios ativos. Para as peles secas e normais, costumo indicar os produtos à base de hidroxietil uréia, que têm mais poder de hidratação, e produtos que funcionam como veículos de hidratação como vitamina C, ácido hialurônico e oligoelementos. Para as peles oleosas, sugiro as versões 'oil-free', que hidratam sem excesso de óleo e com componentes que não provocam acne”, diz o dermatologista Jorge Mariz. Outro princípio ativo importante dos hidratantes, para os casos de ressecamento excessivo, segundo o médico, é o 'aquaporine', que melhora a circulação de água entre as células, reforça a reserva natural de água na epiderme e restaura a hidratação, maciez e elasticidade da pele.

8. Passar cremes clareadores de pelos no buço

O maior risco desses clareadores de pelos são as alergias na pele que podem resultar em manchas. E depilar também é complicado: por ser uma região delicada, é raro ter algum tipo de cera que não manche. “Uma boa solução para o problema de pelos nessa área pode ser o laser. Caso não seja possível, costumo indicar a depilação com linha, que não agride a pele”, recomenda Fernanda Casagrande.

9. Deixar de lado os cuidados com pescoço e mãos

Por ficarem expostos, as mãos e o pescoço mostram muito a idade. “O pescoço é uma região ampla, com uma pele muito fina, mas algumas marcas têm produtos específicos eficientes para essa região. É necessário usá-los duas vezes ao dia, sem dispensar o protetor solar, claro, que deve ser o mesmo do rosto”, orienta o dermatologista André Braz que sugere ainda, a partir de 35 ou 40 anos, a aplicação de toxina botulínica preventiva nessa região cervical. “Em pequenas doses e de maneira natural, para impedir que a força muscular "puxe" a linha da mandíbula para baixo, causando no futuro aquele aspecto de 'bulldog'”, esclarece o médico. Algumas tecnologias de radiofreqüência também são indicadas para evitar a flacidez dessa região. Já as mãos, precisam de protetor solar com FPS alto, como o 50, por exemplo, além de hidratante com antioxidantes e princípios despigmentantes. “Para tratar manchas, a luz intensa pulsada combinada com um peeling de ácido retinóico a cada quatro meses, melhora a textura e deixa o tom da pele uniforme, mais claro”, sugere André.

10. Não usar hidratante ou creme antissinais no rosto

A partir dos 25 anos, hidratar a pele passa a ser uma lei, pois é com essa idade, em média, que a pele começa a perder a hidratação natural, principalmente a normal e a seca, pela própria natureza de suas características. A pele oleosa e a mista (com oleosidade na zona T: testa, nariz e queixo) também sofrem com esse processo, porém menos, e nesses casos o ideal é hidratar com produtos que não sejam tão densos, como gel ou sérum. "O principal prejuízo da falta de hidratação adequada é o ressecamento e, consequentemente, a formação de rugas precoces", justifica o dermatologista André Vieira Braz, do Rio de Janeiro. Para amenizar o problema, ele sugere que se aplique hidratante ou um creme anti-sinais pela manhã com protetor solar, e à noite, apenas o creme. “Todos os dias, rigorosamente”, avisa o médico.

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